domingo, 27 de janeiro de 2008

Sorte no jogo, azar no amor.

- Tenho sorte no jogo.
- Não dessa vez. Aposto 30!
- Se baixar pra 15, eu até pago...
- Se tens boas cartas, por que precisas que eu abaixe a aposta?
- Se peço para baixar, te faço acreditar que tenho péssimas cartas.
- Se tivesse cartas altas, teria pago minha aposta sem titubear!
- Pago os 30... e aposto mais 15.
- Mais 15?!
- Sim, 45.
- Me alcança o conhaque.
- Quando fui ao banheiro há pouco, ela me ligou.
- Capaz? Falou com ela no banheiro?
- Falei.
- Nunca fale ao telefone no banheiro! Pelo eco da voz, dá pra perceber que se está no banheiro...
- Eu disse que estava na igreja.
- E ela acreditou?
- Sim, mas eu puxei a descarga na mesma hora.
- Isso é o que eu chamo de auto-boicote...
- Vai pagar ou não?
- O que ela queria?
- Nada. Vai pagar minha aposta?
- Fala, o que ela queria?
- Acho que posso me considerar vencedor.
- Ei! Deixe essas fichas aí, o jogo não acabou!
- Sei que vencerei; tenho sorte no jogo.
- Não hoje. Pago pra ver, mostre as cartas.
- Four de reis. Satisfeita, minha cara? Ela ligou pra dizer que não quer me ver nunca mais. Ligou pra dizer que sou cabeça-dura demais pra ela. Mas tenho quatro reis. Quatro! Tenho sorte no jogo.
- Four de ases. Eu te am...

Um comentário:

Anônimo disse...

Hehehe, muito bom. Ainda bem que eu sempre perco em qualquer jogo :P